A comitiva presidencial de Gustavo Petro sofreu um atentado armado na última quarta-feira (24), afetando dois veículos oficiais. Petro se deslocava pela via que conecta Bucaramanga, capital do estado Santander, até a região El Tarra, Norte de Santander, na fronteira com a Venezuela.
O gabinete presidencial afirmou ter encontrado uma falsa blitz na rodovia, na região de San Pablo, e ao atravessar o bloqueio iniciaram os disparos. Dois veículos não conseguiram avançar e outro teve o pneu furado pelos disparos. Um dos seguranças da Unidade Nacional de Proteção ficou retido, mas acabou sendo liberado. Apesar dos ataques, ninguém saiu ferido.
O governo não informou quais eram as autoridades que acompanhavam Petro na viagem pelo interior do país. O Ministério de Defesa irá conduzir as investigações sobre o caso.
"Isto é o que deve acabar no país. Sem mais violência. Ainda que somente coisas foram afetadas e se salvaram os seres humanos, o trabalho do governo seguirá empenhado em construir a paz", disse o presidente Petro.
A violência é um problema estrutural na Colômbia, país que vive 58 anos de conflito armado, centrado na disputa por território entre paramilitares, narcotráfico e grupos armados insurgentes. Durante a campanha eleitoral, tanto Petro como a atual vice-presidenta Francia Márquez realizaram comícios com proteção e colete a prova de balas, devido a ameaças de morte.
:: Massacres e abusos policiais: quais as origens da violência na Colômbia? ::
Somente neste ano foram registradas 68 chacinas em todo o território colombiano, segundo o Instituto de Desenvolvimento da Paz (Indepaz). Uma das principais promessas do novo governo é implementar a "paz total" no país, levando adiante novas mesas de negociação com as guerrilhas ativas e criando planos de segurança para combater o paramilitarismo e o tráfico de drogas.