A cidade de Caruaru, no Agreste pernambucano, vai integrar a segunda etapa da pesquisa denominada “Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal”, uma investigação financiada pelo Ministério da Saúde através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com o apoio do Instituto Evandro Chagas. A primeira fase ocorreu nas capitais brasileiras.
O objetivo é avaliar a situação vacinal das crianças nascidas em 2017 e 2018. Esta mesma pesquisa já foi realizada no Recife no final do ano passado, coordenada pela professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM/UPE), Maria Bernadete de Cerqueira Antunes.
Médica sanitarista e com mais de 20 anos de experiência em saúde pública, ela será responsável estadual pelo trabalho que começará em Caruaru na próxima semana. Na capital pernambucana, foram coletados dados de 1.808 crianças.
A pesquisa será realizada através de visitas domiciliares para preenchimento de um breve questionário, com anotações de dados gerais da criança e da família e registro por fotografia da caderneta de vacinação da criança, desde seu nascimento até o momento da entrevista.
Os entrevistadores serão profissionais contratados pela empresa Science, devidamente identificados (crachá e blusa personalizada) e seguindo todas as medidas de proteção para a Covid-19, com o uso de materiais de proteção individual (máscara, protetor facial, álcool gel) e prontos para responder quaisquer dúvidas que você possa ter.
“A partir dos resultados obtidos, o Ministério da Saúde poderá definir novas estratégias que possibilitem melhorar o acesso à vacinação das crianças brasileiras e, desta forma, protegê-las das doenças graves prevenidas por vacinas, como o sarampo, e paralisia infantil, dentre outras”, afirma Maria Bernadete de Cerqueira Antunes.
Em 2007, a professora da UPE participou de pesquisa semelhante, o que serviu como motivo para o convite feito pelo Ministério da Saúde nestes tempos de uma nova pandemia e do surgimento de reações negacionistas em relação à importância da cobertura vacinal.
Para a UPE, esta parceria representa um reconhecimento pela produção científica da universidade. Estudos sobre vacinação fazem parte de uma das pesquisas de extensão da Faculdade de Ciências Médicas. Uma residente participará da coleta e análise dos dados.