Em entrevista concedida ao Diario de Pernambuco na tarde desta quarta-feira (6), a governadora Raquel Lyra enfatizou que o primeiro ano de seu mandato foi o momento de reorganizar o Estado, reiterando que recebeu contas públicas desorganizadas.
"Pernambuco perdeu muito ao longo de oito anos por não ter conseguido se relacionar com o governo federal", disse a chefe do executivo referindo-se ao seu antecessor, o ex-governador Paulo Câmara, e os impasses com a então gestão de Jair Bolsonaro.
Quando questionada se teria feito algo diferente neste primeiro ano, a governadora disse que "sempre poderia ter sido feito". É fácil apontar o erro quando ele já passou".
Infraestrutura rodoviária
O Arco Metropolitano, antiga promessa feita em época do início dos investimentos no polo automotivo de Goiana, na Mata Norte, já tem recursos garantidos para, finalmente, sair do papel.
A governadora disse que os aportes serão feitos pelos governos federal e estadual, em torno de R$ 650 milhões de cada ente, para tocar a obra do eixo sul. "O eixo norte, a ideia é que seja feita pela iniciativa privada".
Segurança pública
Sobre segurança pública, um dos pontos tratados na entrevista foi o investimento em ressocialização. Raquel Lyra destacou que "aumento das vagas e garantia de ressocialização" são algumas das metas.
Nesse sentido, duas novas alas do presídio de Itaquitinga, na Mata Norte, serão entregues, e a gestora estima redução do déficit de vagas no sistema prisional, atualmente em 16 mil vagas. "Para 7 mil novas vagas, já sabemos onde e já temos o dinheiro", garantiu.
Raquel disse que as gestões do Ceará e do Maranhão são exemplos desse "duo" - garantia de socialização e vagas - como caminho para mitigar os problemas de segurança pública. "Queremos 40% de pessoas trabalhando ou estudando nos presídios do Estado", estimou.