Para o deputado federal Felipe Carreras (PSB), os socialistas deveriam mirar mais alto do que uma aliança com o PT e tentar candidatura própria na corrida presidencial de 2022, tal como Eduardo Campos fez em 2014. “Acho que o partido poderia procurar o terceiro nome. Eduardo apontou o caminho em 2014”, disparou. As declarações foram dadas ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube AM, chefiado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos.
De acordo com o parlamentar, a candidatura socialista para o Planalto representaria um caminho melhor do que a aliança com o PT, visto que a sigla representa uma “polarização”. “Eu desejo que a gente fuja dessa polarização, do extremismo que o Brasil atravessa, do radicalismo do Bolsonaro e do radicalismo do PT”, assinalou. Felipe reforçou que o PSB poderia representar a tão aclamada terceira via. “Eu ficaria satisfeito se o PSB seguisse esse rumo e, dentro de seus quadros, venha a colocar o seu nome”, cravou.
Quando questionado sobre as eleições governamentais e se o PSB seria o partido a indicar o candidato para o Palácio, Carreras afirmou que esse seria o caminho “natural” a ser seguido. “Estamos em um projeto político desenvolvido pelo PSB e comandado pelo saudoso Eduardo Campos”, destacou. Para o parlamentar, o projeto socialista tem sido satisfatório e colaborado com a evolução de Pernambuco. As alianças ainda não foram fechadas e se o PSB se enlaçar com o PT, ainda será discutido qual legenda indicará o candidato e quais quadros ocuparão as posições da chapa. “Acho natural que seja indicado alguém do PSB, o meu candidato a governador é Geraldo Júlio”, concluiu.
Fundo eleitoral
Votei contra a ampliação do fundo eleitoral. Poucos debatem sobre o sistema público de financiamento eleitoral, é dinheiro público que banca a campanha. Qualquer milhão, nessa situação que o brasil atravessa, é muito dinheiro, e as pessoas não entendem isso. Votei contra e acho inapropriado, é preciso um grande debate sobre essa questão do financiamento público de campanha.
Voto auditável
Me parece que são R$ 2 bilhões de investimento, e se houvesse indício de corrupção de um candidato que se elegeu fruto de alguma falha, ou de alguém que tentou mexer no sistema para se beneficiar, seria okay. Mas nunca teve esse indício. Como o presidente eleito questiona a eleição dele mesmo? Como ele quer vetar o fundo eleitoral e quer colocar mais de R$ 2 bilhões para investir no voto auditável, nunca teve nenhum indício de alterações. Sou contra torrar dinheiro público para alterar um sistema já consolidado na democracia brasileira.